quinta-feira, 31 de julho de 2014

A Desumanização | Valter Hugo Mãe




... a próxima leitura, estou curiosa por vários motivos não leio muito autores portugueses e é passado na Islândia....

Valter Hugo Mãe (n. 1971; Saurimo, Angola) tem a coragem de se desnudar perante o leitor. As palavras são o espelho das suas emoções, das suas fundações psíquicas. O escritor põe o coração no texto. Em “A Desumanização” (Porto Editora), Halla, “a menos morta”, é uma menina islandesa cuja irmã gémea (Sigridur) faleceu muito nova. É pela sua voz que o leitor vai acompanhando a acção passada nos fiordes islandeses.

"Será Halla a narrar, durante os dois a três anos após a morte da sua irmã, a decadência da família, as transformações do seu corpo, a ruptura com a infância, a luta pela individualidade, o desaparecimento da ingenuidade e a dor, principalmente a dor causada pela perda.
A morte de Sigridur vai consumindo a sua família, devagar, por dentro. Os pais vão morrendo de tristeza. A mãe, personagem destrutiva, é o contraponto do pai. Ela, para ultrapassar a dor, projecta a presença de Sigridur em Halla.
“[a mãe] Não admitia que dissesse que estávamos mortas uma da outra. Precisava, outra vez, que eu representasse a vida da Sigridur. Era imperioso que eu fosse a Sigridur também. E ela dizia: não tinhas este sinal. Quem tinha este sinal era a tua irmã. Aqui, no pé do pescoço. Aqui. Estás a ver. Eu fazia que sim com a cabeça. Calada. Ela parava de me bater.” (pág. 110)"

in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=656812

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Serra da Lousã | Aldeias de Xisto | 5 dias a caminhar


Dia 5
De todos este foi o dia mais calmo, tivemos visitas guiadas locais fabulosos, iniciamos a visita pela Igreja Matriz de Vila Nova do Ceira, fomos a um Moinho de Água ainda em funcionamento, passamos por uma gruta a da Lapa que se diz que foi habitada à uns tempinhos atrás e por fim uma excelente visita à Mini Hídrica de Monte Redondo com direito a ponte suspensa e tudo… desde uma pequena caminhada e até um passeio de TT deu para tudo.

Foi um dia para ir a compras, despedidas e ficar com o desejo de voltar…






caminhada até à Lapa.



Uma voltinha perto da Mini Hídrica....




As explicações do sr. Daniel e também a companhia do Paulo o nosso guia por um dia.



neste dia também não podiam faltar as pontes....






...boas caminhadas.


terça-feira, 22 de julho de 2014

Serra da Lousã | Aldeias de Xisto | 5 dias a caminhar


Dia 4

Decidimos que neste dia iríamos caminhar pelo sitio onde estamos a ficar,  Várzea Grande.
Caminhamos um pouco sem destino para ver o que a Aldeia tinha para nos mostrar, andamos cerca de 6km e ficamos a saber que tem um excelente talho com carnes da região e uma cooperativa onde se vende um pouco de tudo, ai compramos mel da Lousã e outras pequenas coisas. Para quem eventualmente aqui vier existe um bom supermercado e também farmácia e o café do sr. Zé para colocar o euromilhões ou trocar 2 dedos de conversa.



... ainda assim fomos à praia fluvial de Canaveiras, onde tem um café com esplanada e zona de churrasco com um excelente relvado.





Ainda tivemos tempo para um pequeno trilho de TT até chegar ao Cabril de cima com o seus famosos penedos.




Para terminar mais um dia voltamos ao restaurante Beira Rio para uma bela sopa de feijão e um bitoque.


Serra da Lousã | Aldeias de Xisto | 5 dias a caminhar

Dia 3
Depois do dia de ontem, hoje esperávamos um dia mais calmo… hummm talvez menos exigente, mas tal não aconteceu…
Para hoje tínhamos pensado seguir o vale do Ceira, entre algumas aldeias mas também com a ideia de bastantes banhos pelo caminho…
Fizemos um trilho circular com cerca de 14km em que o ponto mais complicado era a subida até à aldeia de Cadafaz com os seus imponentes 562mt….
Acumulamos neste percurso cerca de 930 mt de desnível.


Iniciamos a caminhada em Cabreira, situada junto ao Rio Ceira, com algumas construções em Xisto ( lagar de varas comunitário e algumas Tulhas ) e de momento em recuperação pois tem também uma praia fluvial óptima para banhos….  Fizemos o percurso logo pela fresca a pensar na subida e após decisão entre todas, foi decidido que faríamos o percurso ao contrário para iniciar logo a subida… pois foi uma decisão acertada. Passado o Cadafaz fomos em direcção a Candosa, Sendinha e de novo de volta a Cabreira. Ao longo de todo o caminho é possível encontrar inúmeras alminhas.
De momento este trilho encontra-se em muito mau estado de conservação (muitas silvas, caminhos fechados e necessidade de encontrar alternativas), e não é fácil a sua circulação para caminheiros com pouca experiência.

Após o esforço que foi de andar a cortar silvas e de andar um pouco às voltas até encontrar o caminho certo retemperamos as forças na praia fluvial de Cabreira e por fim fechamos mais um dia de belos percursos no restaurante Tranca na Barriga onde comemos muito bem uma Tiborna de Bacalhau e sempre acompanhada por um belíssimo vinho tinto da zona e terminamos com uma Tigelada típica da zona… enfim tudo delicioso.





... o interior de uma alminhas.


O Vale.


 

... secret spot para banhos fenomenais!!!


na jardinagem.


vista do Cadafaz




...acabamos de barriga cheia das paisagens, dos banhos, dos costumes e da gastronomia.

Serra da Lousã | Aldeias de Xisto | 5 dias a caminhar


Dia 2

Este dia seria o de todos o mais exigente em termos físicos, pois tínhamos um desnível acumulado de 639mt. No total de km foram cerca de 12.
Este percurso está inserido na Rede Natura 2000, porque ainda se encontram espécies de grande importância de fauna e flora. Fomos passando por alguns bosques de Castanheiros e de Carvalhos, e também por zonas de Pinhal e Eucaliptal… mais junto as linhas água podem ver-se Azareiros, Ulmeiros e Azevinhos… claro que quanto a fauna nesta época é difícil de avistar contudo mais ao final do dia ainda se podem avistar Veados, Javalis e Raposas e alguns esquilos… nós conseguimos ver uns Guarda-Rios, algumas lagartixas e umas rapinas.


... a caminho da Aldeia da Pena, foi assim o inicio do dia.


Iniciamos o percurso na Aldeia da Pena, junto à ponte que atravessa a ribeira com o mesmo nome Pena. Esta pequena aldeia é das mais bonitas da rede de aldeias de xisto, mas visita fica para a chegada. Seguimos em direcção à Comareira o ponto mais a alto da nossa caminhada de hoje e local para um merecido e refrescante “meio banho” no tanque junto ao miradouro e altura para também almoçar que a fome já fazia das suas….
Continuamos para Aigra Nova, fizemos uma paragem na loja das aldeias de Xisto para experimentar um licor de Figo e descansar um pouco as pernas da subida, aqui tem uma bica de água fresca e óptima para abastecer os cantis. Toca de seguir caminho pois ainda falta um pouco até ao refrescante banho na Ribeira da Pena, passamos por último em Aigra Velha. O percurso final até a Aldeia da Pena é muito refrescante este desenrola-se junto a uma antiga levada e açude no qual fizemos mais uma paragem para banhos… não resistimos.

Finalmente a chegada com direito a novo banho na Ribeira da Pena e perto do Poço da Lontra… excelente percurso dos melhores que já fiz.








...foi um excelente dia de caminhada.